Inconformados estão os vocalistas na banda de forró sergipana Calcinha Preta. Assalariados por um empresários, ganham de R$ 10 mil a R$ 20 mil reais por mês, só dormem no ônibus e ainda têm de chegar mais cedo a cada cidade para conhecer os políticos locais. Em Caruaru, não adiantou fazer média: o prefeito José Queiroz não gostou do figurino diminuto das cantoras do grupo. “Fui ao show com minhas três netas e fique constrangido”, reclamou ele.
A matéria da Revista Veja faz referência aos shows de vários artistas e bandas de forró durante o período junino no Nordeste.
O empresário e dono da Banda Calcinha Preta, Gilton, deixou de honrar um compromisso com o público de Caicó. Durante uma festa no Natal do ano passado faleceu minutos antes do show um dos integrantes da banda. Praticamente no palco. O show foi cancelado. A notícia foi veiculada na Rede Globo de Televisão por mais de uma vez: no Jornal da Globo, Jornal Hoje e no Fantástico. E também em jornais e revistas de circulação nacional.
Foi uma fatalidade, é claro. Os produtores deram toda a assistência necessária aos integrantes da banda diante do ocorrido. Mesmo assim, o empresário Gilton não se ocupou em dar um único telefonema até hoje sequer agradecendo a atitude.
O dinheiro dos ingressos foi devolvido ao público presente e os promotores locais amargaram um prejuízo de mais de R$ 30 mil reais no período com a produção do show: equipamentos de som, hospedagem, material de publicidade, propaganda em rádios, geradores, confecção de ingressos, segurança, polícia, carros de som, etc.
O empresário da banda Calcinha Preta prometeu restituir o prejuízo e chegou a anunciar um novo show para Caicó para compensar o dano financeiro. Não cumpriu a promessa.
Talvez seja por isso que a imagem da banda Calcinha Preta anda tão arranhada. Chegando a ganhar repercussão nacional na Revista Veja. E os shows diminuindo
de público. Pelo menos no Rio Grande do Norte. Culpa de um empresário que não respeita produtores e muito menos os fãs da banda. Foi o que aconteceu em Caicó.
Os produtores deverão entrar com uma ação na justiça para receber o prejuízo. E também levar o fato ao conhecimento da grande imprensa nacional. Como a Revista Veja, por exemplo.
Forró Para o Mundo
Noticia em Tempo Real
