Veja o noticiário na íntegra:Em atividade desde o início dos anos 1990, esses grupos passaram a se revezar nos mesmos palcos, promovendo pequenos festivais regados a dança e a paquera. “Quem vai com o namorado ou a namorada, beija muito. Quem vai solteiro, se ajeita por lá. Só não pode sair sozinho”, diz Sâmya Maia, vocalista da Magníficos. Os encontros são chamados Forró das Antigas, e o próximo deve acontecer em 17 de maio, no Chevrolet Hall, em Recife (PE).
“Poder ver o público de cada um dos grupos se tornando uma única tribo é gratificante”, fala Batista Lima, vocalista da Limão com Mel. “Fortaleceu os três grupos”, concorda Sâmya. A iniciativa de formar o combo partiu do empresário Jósimo Costa, que tinha dificuldades em realizar shows de forró moderno.
O projeto compensou comercialmente —no início do mês, tocaram para 20 mil pessoas em Salvador— e deu fôlego para que esses grupos nadassem contra a onda de plágios que assola o cenário atual do forró (leia mais acima). “O Forró das Antigas vem para mostrar que não é preciso fazer isso [plagiar] para ter sucesso. Quem preserva os autores vai mais longe. Estamos aí para contar história”, diz Costa.
Os grupos também criticam a qualidade de artistas como Aviões do Forró, Forró Sacode etc. “Esse forró de hoje não é mais o forró pé de serra. São todos iguais. Se não tiver a vinheta dizendo qual é a banda, você não sabe o que está tocando”, alfineta Neto Leite, vocalista do Mastruz com Leite. “Nosso povo estava carente de música boa.”
Em São Paulo, frequentadores de casas como Expresso Brasil e Centro de Tradições Nordestinas conhecem esses grupos, que já se apresentaram, separadamente. Mas a intenção do Forró das Antigas é “pegar geral”. “No segundo semestre, queremos invadir Rio e São Paulo”, diz Sâmya.
FPM
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